Um sábado gelado,
propício para os casais de namorados comemorarem o seu dia.
Nessa época a Kaiser
era uma grande cerveja e o Rider dava férias para nossos pés.
Para palmeirenses e
corintianos uma atmosfera tensa. O Corinthians vinha de uma vitória no primeiro
jogo da final. Viola, autor do único gol da partida, imitara o porco,
alimentando uma polêmica enorme durante a semana. O Palmeiras, pressionado,
sofrendo com gozações, há 17 anos sem nenhum título.
Era dia de decisão,
dia de Derby, dia de Palmeiras e Corinthians, dia de Corinthians e
Palmeiras.
Curiosidades sobre a partida
Na transmissão da TV Globo, a narração foi de
Luís Alfredo, comentários de Juca Kfouri e Arnaldo César
Coelho, reportagens de Mauro Naves.
Um público impensável para os dias de hoje,
estádio do Morumbi lotado com 104.401
pessoas. Renda (recorde na época) de 18 bilhões de cruzeiros.
O prêmio para o artilheiro da competição era de 1
bilhão de cruzeiros. Viola com 20 tentos,
faturou a bolada.
O regulamento previa prorrogação caso o Palmeiras
vencesse a partida, independente do saldo de gols. E na prorrogação o empate
favorecia o Verdão, por conta da melhor
campanha durante o campeonato. Um regulamento, no mínimo, estranho. Tanto que no
fim do segundo tempo, com 3 a 0 no placar, os dois times praticamente pararam,
pois não havia o que fazer pra nenhum lado. Restava apenas guardar forças
para mais 30 minutos de embate.
O trio de arbitragem foi composto por José
Aparecido de Oliveira, Oscar Roberto de Godói e Dionísio
Domingos.
Os jogadores do Palmeiras usaram meias brancas a
pedido de Luxemburgo, superstição do
professor, orientado por seu pai de santo (ou coisa do tipo).
Os jogadores do Corinthians usaram uma fita preta
na manga da camisa, luto pelo pai do
zagueiro Marcelo que havia falecido dois dias antes.
Os times
O Corinthians
foi escalado com: Ronaldo, Leandro, Marcelo, Henrique, Ricardo, Ezequiel,
Marcelinho (o paulista), Neto, Paulo Sérgio, Adil e Viola. No banco estavam
Wilson, Elias, Embú, Tupãzinho e Bobô (aquele mesmo do Bahia). O
técnico: Nelsinho Batista.
O Palmeiras
entrou em campo com Sérgio, Mazinho, Antônio Carlos, Tonhão, Roberto Carlos,
César Sampaio, Daniel, Zinho, Edilson, Evair e Edmundo. No banco:
Veloso, Alexandre Rosa, Jean Carlo, Maurílio e Soares. O técnico:
Vanderlei Luxemburgo (sem gravata).
oria com camisa do corinthians,Texto Fabio Almeida em 1993.
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